Após mortes em confrontos, ônibus seguem sem circular no Bairro da Paz

<p>Os moradores do Bairro da Paz seguem sem o servi&ccedil;o de transporte p&uacute;blico nesta ter&ccedil;a-feira, 29. O servi&ccedil;o foi interrompido desde a &uacute;ltima sexta-feira, 25, devido a confrontos que resultaram nas mortes de dois integrantes da fac&ccedil;&atilde;o BDM.</p>

<p>A primeira morte, ocorrida na sexta,&nbsp;foi de um l&iacute;der da fac&ccedil;&atilde;o, conhecido como &lsquo;Mickey&rsquo;,&nbsp;durante troca de tiros com a Rondesp Atl&acirc;ntico. J&aacute; nesta segunda-feira, 28,&nbsp;foi a vez de outro suspeito, conhecido como &lsquo;Gordinho&rsquo;,&nbsp;ser morto em confronto.</p>

<p>Segundo a Secretaria de Mobilidade (Semob), com a interrup&ccedil;&atilde;o no servi&ccedil;o de transporte, os &ocirc;nibus seguem pela Avenida Lu&iacute;s Viana Filho sem acessar a localidade.</p>

<p>Agentes da Semob e prepostos da Integra monitoram a circula&ccedil;&atilde;o dos coletivos.<br />
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<em>Informa&ccedil;&otilde;es do jornal A Tarde / Foto: Bruno Concha | Secom PMS</em></p>


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<p>Um tiroteio que interrompeu o tr&acirc;nsito na&nbsp;Avenida Brasil, neste domingo, 16, impediu a realiza&ccedil;&atilde;o do&nbsp;Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (Enem) 2025 para os candidatos alocados no Ciep 173 Rainha Nzinga Angola, em Acari, Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC), a&nbsp;unidade foi fechada por seguran&ccedil;a, e os participantes ter&atilde;o a prova aplicada no dia 17 de dezembro.</p>
<p>De acordo com a Pol&iacute;cia Militar do Rio, policiais militares do Batalh&atilde;o de Choque foram chamados sobre tentativa de assalto perto da comunidade de Acari. Ao chegarem ao local, dois homens em uma motocicleta estavam tentando parar o fluxo de ve&iacute;culos da via para roubar os motoristas. Ningu&eacute;m ficou ferido.</p>
<p>Ainda segundo a PM, os suspeitos n&atilde;o foram localizados.</p>
<h3>Tiroteio em Salvador</h3>
<p>Na capital baiana, tamb&eacute;m houve registros de disparos nas proximidades de um local de prova, na&nbsp;Avenida Adhemar de Barros, no bairro de Ondina. Segundo informa&ccedil;&otilde;es preliminares, dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra policiais militares que faziam a seguran&ccedil;a do certame. Houve troca de tiros, mas n&atilde;o h&aacute; registro de feridos.</p>
<p>Um dos suspeitos foi detido e o outro fugiu em dire&ccedil;&atilde;o ao Rio Vermelho. A &aacute;rea foi isolada, e equipes da PM seguem realizando buscas para localizar o fugitivo.</p>
<p>A reportagem entrou em contato com a Pol&iacute;cia Militar da Bahia e espera posicionamento da corpora&ccedil;&atilde;o.</p>

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<p id="paragrafo-vf4ojyqqg4">N&atilde;o &eacute; de hoje que alertamos: a viol&ecirc;ncia deixou de ser um fen&ocirc;meno restrito aos grandes centros urbanos na Bahia. O que se v&ecirc; agora &eacute; a consolida&ccedil;&atilde;o de um processo estarrecedor - a interioriza&ccedil;&atilde;o das fac&ccedil;&otilde;es criminosas. Cidades pequenas, antes sin&ocirc;nimo de paz, tornaram-se palco de disputas armadas que nada lembram o cotidiano pacato de outrora. Muritiba, com pouco mais de 30 mil habitantes, &eacute; apenas o caso mais recente e mais simb&oacute;lico dessa degrada&ccedil;&atilde;o.</p>
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<p id="paragrafo-ymj0bmfmi2">A madrugada e a manh&atilde; da &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira deixaram evidente a nova realidade do Rec&ocirc;ncavo baiano. Tiros, invas&otilde;es de territ&oacute;rios, confronto entre grupos rivais e opera&ccedil;&otilde;es de emerg&ecirc;ncia da pol&iacute;cia interromperam a rotina da regi&atilde;o. Moradores foram orientados pela prefeitura de Muritiba a permanecer em casa. Servi&ccedil;os p&uacute;blicos, inclusive unidades de sa&uacute;de, foram suspensos. Uma cidade inteira sitiada pelo terror.</p>
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<p id="paragrafo-gbz4uunyvg">O avan&ccedil;o do Comando Vermelho sobre &aacute;reas dominadas pelo Bonde do Maluco revela que o interior do estado n&atilde;o &eacute; mais ref&uacute;gio para ningu&eacute;m. A declara&ccedil;&atilde;o de um morador de S&atilde;o F&eacute;lix, que foi publicada por este jornal, sintetiza bem o momento: &ldquo;Apesar do que est&aacute; sendo noticiado, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; pior&rdquo;.</p>
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<p id="paragrafo-hrtqeywg36">A escalada n&atilde;o &eacute; mero acaso. Falta estrat&eacute;gia ao governo estadual, coordena&ccedil;&atilde;o, presen&ccedil;a qualificada. Em suma: tem faltado compet&ecirc;ncia para combater a criminalidade. Diante da aus&ecirc;ncia de respostas do estado - que constitucionalmente &eacute; o respons&aacute;vel pelo enfrentamento ao crime - os munic&iacute;pios come&ccedil;aram a reagir como podem. A multiplica&ccedil;&atilde;o das guardas municipais pelo interior &eacute; exemplo disso.</p>
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<p id="paragrafo-ozw4teyhjc">Hoje, 199 das 417 cidades baianas contam com suas pr&oacute;prias corpora&ccedil;&otilde;es. A guarda, criada para proteger o patrim&ocirc;nio urbano, tem sido gradualmente empurrada para uma fun&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o lhe cabe: substituir o poder p&uacute;blico estadual no combate ao crime organizado.O fen&ocirc;meno preocupa. N&atilde;o apenas porque exp&otilde;e agentes municipais a uma l&oacute;gica de guerra para a qual n&atilde;o foram concebidos, mas porque evidencia o desequil&iacute;brio federativo: prefeitos tentando montar uma pol&iacute;cia municipal para suprir a omiss&atilde;o da pol&iacute;cia estadual. &Eacute; urgente que o governo do estado abandone a ret&oacute;rica vazia, reconhe&ccedil;a os erros de sua pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a e convoque um plano real, robusto e sustent&aacute;vel de enfrentamento ao crime organizado.</p>
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<p id="paragrafo-jzed6ha6wb">O Rec&ocirc;ncavo baiano, que j&aacute; foi s&iacute;mbolo de acolhimento, hist&oacute;ria e cultura, tornou-se territ&oacute;rio de disputa criminosa. O interior, que por d&eacute;cadas foi ref&uacute;gio, n&atilde;o &eacute; mais. E isso n&atilde;o pode ser tratado como normal. A Bahia, que j&aacute; assiste ao avan&ccedil;o do crime nas grandes cidades, n&atilde;o pode admitir que essa derrota se estenda tamb&eacute;m aos pequenos munic&iacute;pios.</p>
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<p><em>Informa&ccedil;&otilde;es do Correio*</em></p>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="" data-mrf-recirculation="Mat&eacute;ria - Links no Texto">Um empres&aacute;rio de 44 anos foi preso, suspeito de atuar como operador financeiro de uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa envolvida com o tr&aacute;fico de drogas na cidade de&nbsp;Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. O homem &eacute; investigado pela movimenta&ccedil;&atilde;o de valores que ultrapassam R$ 2,8 milh&otilde;es com empresas registradas no meio varejista de vestu&aacute;rio.</p>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="" data-mrf-recirculation="Mat&eacute;ria - Links no Texto">Conforme informa&ccedil;&otilde;es da&nbsp;Pol&iacute;cia Civil&nbsp;(PC), o suspeito foi preso na quarta-feira (12), no &acirc;mbito da "Opera&ccedil;&atilde;o Mandrak". Segundo investiga&ccedil;&otilde;es da corpora&ccedil;&atilde;o, ele gerenciava o fluxo financeiro do grupo, sendo respons&aacute;vel por movimentar, reinserir e ocultar os lucros provenientes do tr&aacute;fico de drogas.</p>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="" data-mrf-recirculation="Mat&eacute;ria - Links no Texto">O homem atuava por meio de empresas de fachada e administrava o repasse de valores aos integrantes da fac&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, o empres&aacute;rio prestava apoio econ&ocirc;mico a um dos l&iacute;deres da organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, que foi morto pela pol&iacute;cia em uma fase anterior da opera&ccedil;&atilde;o.</p>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="" data-mrf-recirculation="Mat&eacute;ria - Links no Texto">Tamb&eacute;m foi detectado, durante as investiga&ccedil;&otilde;es, que o suspeito movimentou R$ 1,48 milh&atilde;o. Ele teria utilizado contas banc&aacute;rias de familiares, em especial da companheira, para circular o valor milion&aacute;rio.</p>
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<p data-track-category="Link no Texto" data-track-links="" data-mrf-recirculation="Mat&eacute;ria - Links no Texto">O homem permanece custodiado, &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o do Poder Judici&aacute;rio e aguarda a audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia. At&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o desta reportagem, a Opera&ccedil;&atilde;o Mandrak j&aacute; bloqueou cerca de R$ 14 milh&otilde;es em contas banc&aacute;rias ligadas &agrave; opera&ccedil;&atilde;o financeira da fac&ccedil;&atilde;o criminosa.</p>
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Após mortes em confrontos, ônibus seguem sem circular no Bairro da Paz

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