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MP-BA apresenta nova denúncia contra deputado Binho Galinha por manter liderança de organização criminosa em Feira de Santana
MP-BA apresenta nova denúncia contra deputado Binho Galinha por manter liderança de organização criminosa em Feira de Santana
Por Redação
01/11/2025 às 10:00

Foto: Agência Alba
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou uma nova denúncia contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha. Dessa vez, ele foi acusado de continuar liderando a organização criminosa suspeita de extorsão, receptação qualificada, agiotagem e lavagem de dinheiro oriundo do jogo do bicho em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado.
De acordo com a nova denúncia, oferecida na quinta-feira (30), juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o parlamentar manteve as atividades ilícitas do grupo mesmo após a deflagração da Operação El Patrón e o recebimento da primeira denúncia apresentada contra os integrantes da facção.
Além do deputado, foram denunciados:
- Mayana Cerqueira da Silva, companheira de Binho Galinha;
- João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do parlamentar;
- Cristiano de Oliveira Machado, apontado como responsável por gerenciar parte dos recursos ilícitos;
- e outros 10 suspeitos.
O grupo é descrito pelo MP-BA como uma organização criminosa com características milicianas, com mais de uma década de atuação principalmente na região de Feira de Santana.
Segundo o órgão, o grupo utilizava "laranjas", entre eles Cristiano de Oliveira, para movimentação de recursos e ocultação de bens. O deputado teria mantido "em funcionamento seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente".
As investigações indicam que Binho Galinha contou com o auxílio da companheira, Mayana Cerqueira, e do filho, João Guilherme Cerqueira, para administrar atividades relacionadas ao jogo do bicho, agiotagem e lavagem de dinheiro. Ambos são apontados como responsáveis por ocultar e destruir provas durante as investigações.
Ainda de acordo com o MP-BA, conversas interceptadas pela Polícia Federal mostram que operadores financeiros ligados ao grupo dividiam valores obtidos ilegalmente e repassavam a maior parte ao parlamentar. Em uma das transações mencionadas, de R$ 160 mil, quase todo o valor — R$ 155 mil — teria sido destinado ao parlamentar.
Prisão e processo em andamento
Binho Galinha foi preso no dia 3 de outubro, dois dias após ser considerado foragido da Justiça. Antes disso, em 1º de outubro, a Operação Anômico culminou na prisão da esposa e do filho do deputado, além de outras sete pessoas.
Após a prisão, o Partido da Renovação Democrática (PRD) suspendeu a filiação de Binho Galinha.
O parlamentar está custodiado em uma Sala de Estado-Maior, localizada no Centro de Observação Penal (COP), dentro do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
Prisão determinada pelo STF
A determinação da prisão de Binho Galinha foi resultado de um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a situação, mesmo com o foro privilegiado.
Segundo apurou a TV Bahia à época, diferentemente de 2023, quando ocorreu a primeira ação contra o grupo, o STF entendeu que foro, por prerrogativa de função, se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
Foi apontado ainda que os crimes ocorridos antes do cargo ou a ele não relacionados devem ser apurados e processados pelo juízo de primeiro grau.
No mandado, a juíza responsável pela decisão reforçou que, no caso do deputado, a maioria dos ilícitos investigados são anteriores ao seu mandato ou, se posteriores, não possuem relação com a função parlamentar.
Inclusive, em 2011, quando ainda não era deputado estadual, Binho Galinha chegou a ser preso em uma operação contra roubo de carros.
Informações do G1
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