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Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas e fim da guerra é oficialmente iniciado
Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas e fim da guerra é oficialmente iniciado
Por Redação
10/10/2025 às 08:00

Foto: Reprodução/X
O gabinete de segurança de Israel aprovou, na noite desta quinta-feira (9), um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns com o grupo Hamas, pondo fim à guerra na Faixa de Gaza após dois anos e dois dias de confrontos. A decisão, tomada após mais de seis horas de deliberação, representa o primeiro passo concreto para encerrar um conflito que devastou a região e causou dezenas de milhares de mortes.
O acordo foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e prevê a libertação de 48 reféns, dos quais 20 permanecem vivos, em troca da soltura de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos e de uma retirada parcial das Forças de Defesa de Israel (FDI) de partes da Faixa de Gaza.
De acordo com o governo israelense, as forças militares começarão a recuar para posições previamente acordadas, enquanto o Hamas deverá iniciar a libertação dos reféns no início da próxima semana.
“Estamos muito aliviados por saber que pelo menos 20 reféns poderão voltar para os braços de suas famílias. Os próximos dias também permitirão que os familiares dos demais 28 possam enterrar seus entes queridos”, afirmou a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Sharren Haskell, em entrevista ao jornal The New York Post.
“Isso tem um enorme significado para todo o nosso país.”
Embora a maioria dos ministros tenha votado a favor do acordo, houve resistência dentro da coalizão governista. O ministro Ofir Sofer, do partido Sionismo Religioso, apoiou o plano, mas outros membros da legenda e todos os representantes do partido Otzma Yehudit, de extrema direita, se opuseram à decisão.
O cessar-fogo estabelece que Israel manterá o controle de aproximadamente 53% do território de Gaza, e, a partir desse ponto, será iniciado um prazo de 72 horas para que o Hamas conclua a libertação dos reféns.
Um dos principais negociadores do Hamas, Khalil al-Hayya, confirmou os termos centrais do acordo: a libertação dos prisioneiros palestinos, a reabertura da passagem fronteiriça com o Egito, o acesso a ajuda humanitária e a retirada parcial das tropas israelenses.
Al-Hayya também declarou que todas as mulheres e crianças palestinas presas em Israel serão libertadas, sem detalhar a extensão da retirada israelense.
Em discurso transmitido pela televisão, ele afirmou:
“Declaramos hoje que chegamos a um acordo para pôr fim à guerra e à agressão contra nosso povo.”
Segundo o líder do Hamas, o fim do conflito abre espaço para que o grupo e outras facções palestinas se concentrem na autodeterminação e na formação de um Estado palestino.
Apesar do avanço diplomático, o plano de paz proposto pela administração Trump ainda levanta questões sem resposta — entre elas, se o Hamas irá se desarmar e quem administrará Gaza após o cessar-fogo.
Mesmo assim, observadores internacionais consideram o acordo um dos mais significativos desde o início da guerra, que começou em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas a Israel que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas.
Desde então, a ofensiva israelense matou mais de 67 mil palestinos e deixou cerca de 170 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que afirma que aproximadamente metade das vítimas são mulheres e crianças. Israel contesta as acusações de genocídio feitas por organizações internacionais e afirma que suas ações foram uma resposta ao ataque inicial do Hamas.
Com informações da AFP, EFE e AP.

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