Governo exonera superintendente da PRF do Piauí, único mantido no cargo após dispensa em massa

O superintendente da&nbsp;Pol&iacute;cia Rodovi&aacute;ria Federal&nbsp;do&nbsp;Piau&iacute;, Paulo Fernando Nunes Moreno, foi exonerado de sua fun&ccedil;&atilde;o nesta sexta-feira, 20, pelo ministro-chefe da Casa Civil,&nbsp;Rui Costa. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o do dia. Moreno havia sido o &uacute;nico mantido na fun&ccedil;&atilde;o entre outros 25 chefes da PRF de Estados, al&eacute;m do 26&ordm; do Distrito Federal, exonerados na noite da &uacute;ltima quinta-feira, 19. Ele tamb&eacute;m era o &uacute;ltimo indicado pela gest&atilde;o presidencial de&nbsp;Jair Bolsonaro&nbsp;(PL). Moreno teria pedido para ser exonerado do cargo por n&atilde;o se sentir a vontade ap&oacute;s seus colegas de fun&ccedil;&atilde;o serem desligados e argumentado se tratar de uma &ldquo;decis&atilde;o pessoal&rdquo;. Assumir&aacute; imediatamente, segundo site do governo federal, o superintendente substituto, Jairo Lima de Oliveira. 
 
 
Informa&ccedil;&otilde;es da Jovem Pan / Foto: Ton Molina/Estad&atilde;o Conte&uacute;do

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O Senado instala na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (4) a Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) do Crime Organizado, autorizada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (Uni&atilde;o-AP), como resposta &agrave; como&ccedil;&atilde;o gerada pela Opera&ccedil;&atilde;o Conten&ccedil;&atilde;o, deflagrada pelas pol&iacute;cias do Rio de Janeiro, na &uacute;ltima ter&ccedil;a (28), para enfrentar o Comando Vermelho.
Proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a nova CPI ter&aacute; como objetivo investigar a estrutura, a expans&atilde;o e o financiamento de fac&ccedil;&otilde;es e mil&iacute;cias em todo o pa&iacute;s. Al&eacute;m disso, conforme a justificativa do pedido de cria&ccedil;&atilde;o, a comiss&atilde;o buscar&aacute; apurar a infiltra&ccedil;&atilde;o dessas organiza&ccedil;&otilde;es em institui&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas e o uso de esquemas de lavagem de dinheiro para sustentar a rede criminosa.
O tema ser&aacute; retomado no Congresso ap&oacute;s 25 anos. A CPI do Narcotr&aacute;fico, encerrada em 2000, tomou mais de 350 depoimentos, produziu um relat&oacute;rio de 1.200 p&aacute;ginas e indiciou mais de 800 pessoas, incluindo empres&aacute;rios, ju&iacute;zes e pol&iacute;ticos.
O relat&oacute;rio revelou a infiltra&ccedil;&atilde;o do tr&aacute;fico de drogas em estruturas estatais e a lavagem de dinheiro por meio de empresas e campanhas eleitorais, mas teve impacto pr&aacute;tico limitado &mdash; poucos foram condenados.
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Duas d&eacute;cadas depois, o cen&aacute;rio se agravou, na vis&atilde;o do senador Magno Malta (PL-ES), que participou daquela CPI. Ele observa que o crime organizado n&atilde;o se limita mais ao narcotr&aacute;fico, tendo se expandido para um dom&iacute;nio territorial e financeiro diversificado. Fac&ccedil;&otilde;es e mil&iacute;cias se transformaram em conglomerados criminosos que atuam em setores como combust&iacute;veis, garimpo ilegal, transporte alternativo e internet clandestina.
O senador diz que, naquela &eacute;poca, j&aacute; alertava para a infiltra&ccedil;&atilde;o do crime organizado na pol&iacute;tica "financiando campanhas e dominando territ&oacute;rios". "Fui ignorado, atacado e desacreditado. Hoje o tempo provou que eu tinha raz&atilde;o. O que era fac&ccedil;&atilde;o virou organiza&ccedil;&atilde;o criminosa estruturada. Ent&atilde;o, n&atilde;o foi a CPI que falhou. Quem falhou foi o Estado, que sabia o quer precisava ser feito e n&atilde;o fez."
Malta afirma que a nova CPI ser&aacute; necess&aacute;ria para investigar o &ldquo;narcoterrorismo institucionalizado, com o aval do poder&rdquo;. &ldquo;A Suprema Corte chama crist&atilde;o e patriota de terrorista, mas trata o criminoso como coitado da sociedade. O desgoverno Lula flerta com o crime, humilha as for&ccedil;as de seguran&ccedil;a e finge n&atilde;o ver o terror que as fac&ccedil;&otilde;es imp&otilde;em ao povo&rdquo;, acrescentou.
Para analistas de seguran&ccedil;a p&uacute;blica entrevistados nesta reportagem, a diferen&ccedil;a fundamental &eacute; a complexidade econ&ocirc;mica. Se a CPI de 2000 diagnosticou a corrup&ccedil;&atilde;o, a atual precisar&aacute; desmantelar uma rede corporativa criminosa de maior vulto.&nbsp;
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<h3 class="postParagraph_post-paragraph__juWZN postParagraph_type-tag-h2__TtFkT">CPI apontar&aacute; diagn&oacute;stico e solu&ccedil;&otilde;es para crise na seguran&ccedil;a</h3>
Para o autor do pedido, senador Alessandro Vieira, o Brasil vive um ponto de inflex&atilde;o com o &ldquo;completo dom&iacute;nio de fac&ccedil;&otilde;es criminosas&rdquo;, por isso ele defende &ldquo;um pacto nacional em torno de diagn&oacute;stico e solu&ccedil;&otilde;es para a crise de seguran&ccedil;a p&uacute;blica&rdquo;.&nbsp;
Cotado para ser relator da CPI, Vieira insiste que a comiss&atilde;o deve ser t&eacute;cnica e apartid&aacute;ria. &ldquo;Essa trag&eacute;dia tem solu&ccedil;&atilde;o, mas vai exigir coragem, conhecimento t&eacute;cnico, esp&iacute;rito p&uacute;blico e uni&atilde;o entre munic&iacute;pios, estados, Uni&atilde;o e sociedade civil. N&atilde;o &eacute; pauta eleitoreira, &eacute; urg&ecirc;ncia nacional.&rdquo;
Durante os desdobramentos da megaopera&ccedil;&atilde;o fluminense, em que o governador Cl&aacute;udio Castro (PL-RJ) afirmou que o estado teria agido sozinho contra o Comando Vermelho, o governo federal rebateu as acusa&ccedil;&otilde;es. Mas, posteriormente, a Pol&iacute;cia Federal admitiu que foi consultada para participar, mas declinou.
Vieira afirma que essa falta de coordena&ccedil;&atilde;o entre as autoridades ser&aacute; um dos alvos da CPI, que pretende ouvir tamb&eacute;m experi&ecirc;ncias de seguran&ccedil;a p&uacute;blica de outros estados que deram certo e que podem servir de exemplo no pa&iacute;s.
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&ldquo;Vamos trazer autoridades como secret&aacute;rios, t&eacute;cnicos e governadores de estados que est&atilde;o funcionando, tanto no Brasil como fora de combate &agrave; criminalidade violenta que deram certo. Essas respostas a CPI deve alinhar e, com esse conjunto, proporcionar ao Brasil um endere&ccedil;amento de encaminhamentos, como refor&ccedil;o or&ccedil;ament&aacute;rio expressivo, plano nacional de seguran&ccedil;a verdadeiro,&nbsp; integra&ccedil;&atilde;o na situa&ccedil;&atilde;o de preven&ccedil;&atilde;o e repress&atilde;o, e ela n&atilde;o precisa de PEC&rdquo;, afirmou.
<h3 class="postParagraph_post-paragraph__juWZN">A comiss&atilde;o deve se concentrar em cinco eixos:</h3>
<ul class="postList_post-list-container__W0E4y postList_visual-type-unordered-list__M8U7t">
<li class="postList_post-list-item__34Ck1">Estrutura e funcionamento das fac&ccedil;&otilde;es e mil&iacute;cias;</li>
<li class="postList_post-list-item__34Ck1">Fontes de financiamento e lavagem de dinheiro;</li>
<li class="postList_post-list-item__34Ck1">Infiltra&ccedil;&atilde;o do crime em &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos e empresas;</li>
<li class="postList_post-list-item__34Ck1">Falhas de coordena&ccedil;&atilde;o entre for&ccedil;as de seguran&ccedil;a;</li>
<li class="postList_post-list-item__34Ck1">Propostas legislativas para modernizar o combate ao crime organizado.</li>
</ul>
O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que ap&oacute;s um afastamento retornar&aacute; ao Senado para integrar a CPI, est&aacute; confiante no aprofundamento das investiga&ccedil;&otilde;es. &ldquo;A CPI do Crime Organizado n&atilde;o ser&aacute; palco de discursos vazios. Vamos expor os bastidores da corrup&ccedil;&atilde;o, enfrentar os poderosos e romper o sil&ecirc;ncio imposto pelo sistema. Nenhum criminoso de colarinho branco est&aacute; a salvo&rdquo;, escreveu nas redes sociais.
&nbsp;
Informa&ccedil;&otilde;es do Di&aacute;rio do Poder

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste domingo (2) que opera&ccedil;&otilde;es armadas em comunidades podem ser inevit&aacute;veis, mas n&atilde;o resolvem o problema do crime organizado. Em publica&ccedil;&otilde;es nas redes sociais, Mendes defendeu que as fac&ccedil;&otilde;es sejam asfixiadas financeiramente e criticou o que chamou de &ldquo;a&ccedil;&otilde;es isoladas&rdquo;.
&ldquo;Incurs&otilde;es armadas em comunidades s&atilde;o, em alguns casos, inevit&aacute;veis, mas n&atilde;o resolvem o problema. &Eacute; preciso retomar o territ&oacute;rio ocupado e asfixiar financeiramente as fac&ccedil;&otilde;es. A&ccedil;&otilde;es isoladas e sem di&aacute;logo apenas mant&ecirc;m o problema vivo, adiando solu&ccedil;&otilde;es reais para uma crise que atinge todos os brasileiros&rdquo;, escreveu o ministro.
Mendes citou a ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece diretrizes e restri&ccedil;&otilde;es para opera&ccedil;&otilde;es policiais nas comunidades fluminenses. Segundo ele, o STF determinou que, al&eacute;m de recuperar os territ&oacute;rios tomados pelo crime, a Pol&iacute;cia Federal investigue as transa&ccedil;&otilde;es financeiras das fac&ccedil;&otilde;es, com apoio do Coaf, da Receita Federal e das secretarias estaduais de Fazenda.
&ldquo;Ao julgar a ADPF das Favelas, o Supremo Tribunal Federal determinou n&atilde;o apenas que o governo fluminense recuperasse os territ&oacute;rios tomados pelo crime, mas tamb&eacute;m que a Pol&iacute;cia Federal instaurasse investiga&ccedil;&otilde;es para identificar as transa&ccedil;&otilde;es financeiras das fac&ccedil;&otilde;es&rdquo;, afirmou Mendes.
O ministro destacou ainda que o debate sobre seguran&ccedil;a p&uacute;blica &eacute; urgente e inadi&aacute;vel e deve equilibrar o enfrentamento das fac&ccedil;&otilde;es com a redu&ccedil;&atilde;o da letalidade das opera&ccedil;&otilde;es policiais. Mendes negou que o STF tenha proibido incurs&otilde;es, afirmando que a Corte apenas estabeleceu par&acirc;metros para que as a&ccedil;&otilde;es sejam planejadas, proporcionais e transparentes. Entre as recomenda&ccedil;&otilde;es est&atilde;o a instala&ccedil;&atilde;o de c&acirc;meras em viaturas e uniformes, presen&ccedil;a de ambul&acirc;ncias em opera&ccedil;&otilde;es de alto risco, preserva&ccedil;&atilde;o das cenas de crime e divulga&ccedil;&atilde;o de dados sobre letalidade.
<h3>Plano de reocupa&ccedil;&atilde;o</h3>
O ministro tamb&eacute;m relembrou que, em abril, o STF determinou que o governo do Rio de Janeiro apresentasse um plano de reocupa&ccedil;&atilde;o dos territ&oacute;rios dominados por fac&ccedil;&otilde;es e mil&iacute;cias, com a presen&ccedil;a permanente de servi&ccedil;os p&uacute;blicos como sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o.
&ldquo;Enquanto esse plano n&atilde;o sair do papel, e as incurs&otilde;es forem pontuais, o resultado dessas opera&ccedil;&otilde;es continuar&aacute; sendo parcial e insustent&aacute;vel. &Eacute; urgente uma pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a efetiva, capaz de enfrentar o crime sem transformar as favelas em campos de guerra&rdquo;, alertou Mendes.
<h3>Eis a &iacute;ntegra da decla&ccedil;&atilde;ode Gilmar Mendes:</h3>
A viol&ecirc;ncia e o poder das fac&ccedil;&otilde;es revelam que o desafio da seguran&ccedil;a p&uacute;blica vai muito al&eacute;m das fronteiras estaduais. O combate ao crime organizado precisa ser conduzido com planejamento, intelig&ecirc;ncia policial e uni&atilde;o entre as for&ccedil;as do Estado. A&ccedil;&otilde;es isoladas e sem di&aacute;logo apenas mant&ecirc;m o problema vivo, adiando solu&ccedil;&otilde;es reais para uma crise que atinge todos os brasileiros.
O cen&aacute;rio &eacute; grave. As fac&ccedil;&otilde;es j&aacute; ultrapassaram as fronteiras das cidades onde surgiram. Dos grandes centros urbanos &agrave; regi&atilde;o amaz&ocirc;nica, projetam seu poder e movimentam o tr&aacute;fico internacional de drogas e armas.
Ao julgar a ADPF das Favelas, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi al&eacute;m: determinou n&atilde;o apenas que o governo fluminense recuperasse os territ&oacute;rios tomados pelo crime, mas tamb&eacute;m que a Pol&iacute;cia Federal instaurasse investiga&ccedil;&otilde;es para identificar as transa&ccedil;&otilde;es financeiras das fac&ccedil;&otilde;es, rastrear o dinheiro obtido com atividades il&iacute;citas e desarticular as engrenagens econ&ocirc;micas que sustentam o crime, na estrat&eacute;gia do &ldquo;follow the money&rdquo;.
O STF refor&ccedil;ou ainda o papel de &oacute;rg&atilde;os como o COAF, a Receita Federal e as secretarias estaduais de Fazenda, que disp&otilde;em de dados e instrumentos capazes de expor os l&iacute;deres do crime e bloquear o fluxo de capital que os alimenta. O envolvimento dessas institui&ccedil;&otilde;es &eacute; essencial em um momento em que as fac&ccedil;&otilde;es se infiltram na economia formal, atuando em &aacute;reas como o contrabando de combust&iacute;veis, o com&eacute;rcio ilegal de ouro, os crimes ambientais e a lavagem de dinheiro.
Como esse esfor&ccedil;o nacional exige investimento e compromisso, o STF determinou que o governo assegure os recursos necess&aacute;rios para que a Pol&iacute;cia Federal, a Receita Federal e o COAF possam atuar com prioridade m&aacute;xima na desarticula&ccedil;&atilde;o das fac&ccedil;&otilde;es criminosas, dotando as institui&ccedil;&otilde;es dos meios concretos para enfraquecer o poder econ&ocirc;mico do crime organizado.
Incurs&otilde;es armadas em comunidades s&atilde;o, em alguns casos, inevit&aacute;veis, mas n&atilde;o resolvem o problema. &Eacute; preciso retomar o territ&oacute;rio ocupado e asfixiar financeiramente as fac&ccedil;&otilde;es, resultados que s&oacute; ser&atilde;o alcan&ccedil;ados com maior integra&ccedil;&atilde;o das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a e o envolvimento crescente dos &oacute;rg&atilde;os de intelig&ecirc;ncia, como decidiu o STF na ADPF das Favelas.
&nbsp;
Informa&ccedil;&otilde;es da Gazeta Brasil

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A Bahia aparece como um dos principais pontos de preocupa&ccedil;&atilde;o para o projeto pol&iacute;tico do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva e do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues. Reportagem do Correio Braziliense aponta que o avan&ccedil;o da viol&ecirc;ncia no estado deve ser um dos fatores mais explorados na campanha presidencial de 2026, com reflexos diretos no palanque petista baiano.
Segundo o jornal, a Bahia segue entre os estados com mais homic&iacute;dios do pa&iacute;s e lidera indicadores de crimes violentos letais. Al&eacute;m disso, enfrenta expans&atilde;o de fac&ccedil;&otilde;es, aumento de ataques armados e epis&oacute;dios frequentes de chacinas e confrontos em &aacute;reas urbanas e rurais. A publica&ccedil;&atilde;o destaca que a sensa&ccedil;&atilde;o de inseguran&ccedil;a se espalha tanto na capital quanto no interior, tornando o tema uma vulnerabilidade cada vez mais evidente para o governo estadual.
No campo pol&iacute;tico, o cen&aacute;rio levanta questionamentos sobre a narrativa de seguran&ccedil;a p&uacute;blica do governo federal. Lula conta com o Nordeste, especialmente a Bahia, como base eleitoral estrat&eacute;gica. Por&eacute;m, a piora nos &iacute;ndices criminais no maior estado governado pelo PT cria espa&ccedil;o para a oposi&ccedil;&atilde;o usar o caso baiano como exemplo negativo e questionar a capacidade do presidente de liderar o pa&iacute;s em uma das &aacute;reas mais sens&iacute;veis do debate p&uacute;blico.
A situa&ccedil;&atilde;o gera um desafio duplo para Jer&ocirc;nimo Rodrigues. Al&eacute;m de lidar com o avan&ccedil;o da criminalidade, ele precisa evitar que o tema se transforme em muni&ccedil;&atilde;o de campanha contra ele e contra Lula. Se a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o perceber avan&ccedil;os concretos, o desgaste tende a crescer. Segundo o jornal, advers&aacute;rios j&aacute; enxergam a Bahia como ponto central para contestar o discurso petista em 2026.
A reportagem ressalta ainda que o que antes era visto como problema regional ganhou dimens&atilde;o nacional. A viol&ecirc;ncia baiana deve entrar de vez na pauta eleitoral do Brasil, com cada epis&oacute;dio de grande repercuss&atilde;o se tornando argumento pol&iacute;tico. O Correio Braziliense observa que a oposi&ccedil;&atilde;o pretende explorar a narrativa de falhas na gest&atilde;o estadual e federal da seguran&ccedil;a.
S&oacute; ao final o jornal destaca outro dado sens&iacute;vel: a Bahia registrou 1.556 mortes decorrentes de a&ccedil;&otilde;es policiais em 2024. O n&uacute;mero &eacute; quase o dobro de S&atilde;o Paulo, que teve 813, e muito acima do Rio de Janeiro, com 703. Isso significa que uma em cada quatro mortes violentas no pa&iacute;s envolveu a pol&iacute;cia baiana. Segundo o texto, o governo estadual n&atilde;o contestou os n&uacute;meros.
A avalia&ccedil;&atilde;o do Correio Braziliense &eacute; que, sem respostas r&aacute;pidas e efetivas, o tema tende a pressionar o governo em Salvador e em Bras&iacute;lia, com efeitos diretos na campanha de 2026.

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