
Tensão no mar do Caribe: Aviões da Venezuela hostilizam navio de guerra dos EUA
Por Redação
05/09/2025 às 08:30

Foto: Redes Sociais/Reprodução
Dois aviões militares do regime de Nicolás Maduro sobrevoaram no final da noite desta quinta-feira (4) um navio da Marinha dos Estados Unidos em águas internacionais, em uma ação que a administração americana classificou como “altamente provocadora”.
A informação foi confirmada pelo Departamento de Defesa dos EUA, por meio de um comunicado divulgado na rede social X. Segundo o documento, a manobra das forças armadas venezuelanas teve como objetivo interferir em operações norte-americanas de combate ao narcotráfico e ao terrorismo na região marítima.
“Hoje, duas aeronaves militares do regime de Maduro sobrevoaram nas proximidades de um navio da Marinha dos Estados Unidos em águas internacionais. Essa ação altamente provocativa foi planejada para interferir em nossas operações de combate ao narcoterrorismo. O cartel que comanda a Venezuela está fortemente aconselhado a não tentar qualquer nova iniciativa para obstruir, dissuadir ou interferir nas operações de combate ao narcotráfico e ao terrorismo realizadas pelas forças armadas dos EUA”, afirma o comunicado.
Segundo a CBS News, citando funcionários do Pentágono sob condição de anonimato, tratou-se de dois caças F-16 venezuelanos que sobrevoaram as proximidades do destróier USS Jason Dunham, um navio de mísseis guiados da classe Arleigh Burke recentemente deslocado para a região. As fontes classificaram o episódio como uma “demonstração de força”.
Ainda não está claro se o Jason Dunham realizou alguma ação em resposta à aproximação das aeronaves. O deslocamento de navios da Marinha americana no Caribe faz parte de uma operação ampliada contra o narcoterrorismo vinculado ao Cartel de los Soles, grupo ligado ao regime chavista.
De acordo com o Pentágono, essas forças navais têm a missão de interceptar carregamentos ilícitos e desarticular redes criminosas que operam da América Latina para os Estados Unidos.
O incidente ocorre em meio a crescentes tensões entre Washington e Caracas. A administração americana acusa repetidamente Maduro de facilitar operações de narcotráfico para a América do Norte. Nesse contexto, o Departamento de Justiça dos EUA chegou a dobrar a recompensa pela captura de Maduro, elevando-a a 50 milhões de dólares.
Por sua vez, o ditador chavista nega as acusações e afirma que a presença de embarcações americanas na região representa uma ameaça direta a Venezuela. No início da semana, Maduro classificou os deslocamentos navais como uma “ameaça criminal e sangrenta” e ordenou patrulhamento adicional de drones e unidades navais venezuelanas na costa.
O sobrevoo das aeronaves ocorreu poucos dias depois de o Pentágono relatar uma operação contra um barco que transportava drogas da Venezuela. Segundo Washington, na ação foram abatidas 11 pessoas identificadas como integrantes do grupo criminoso Tren de Aragua. Tanto Donald Trump quanto o secretário de Estado, Marco Rubio, se referiram à operação como parte da ofensiva regional contra o narcotráfico.
Em seu comunicado mais recente, o Pentágono reiterou que não permitirá nenhuma tentativa de obstrução às suas operações em águas internacionais e lançou uma advertência direta ao regime de Maduro. “Este movimento altamente provocador foi projetado para interferir com nossas operações contra o narco-terrorismo”, destacou o documento.
Informações da Gazeta Brasil

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