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Futebol, bastidores e 2026 em campo aberto: Fábio Mota não descarta candidatura a deputado

Futebol, bastidores e 2026 em campo aberto: Fábio Mota não descarta candidatura a deputado

Por Redação

19/12/2025 às 10:30

Imagem de Futebol, bastidores e 2026 em campo aberto: Fábio Mota não descarta candidatura a deputado

Foto: Yuri Couto / EC Vitória

Após vencer o pleito no Esporte Clube Vitória, no último sábado (13), quando foi reeleito com quase 86% dos votos válidos, o presidente do Leão, Fábio Mota, passou a ser citado nos bastidores da Câmara de Vereadores e da Assembleia Legislativa como possível candidato a deputado federal em 2026 — não a prefeito de Salvador em 2028, como chegou a ser veiculado em setores da imprensa, embora ele admita o "desejo".

A especulação ganhou força após uma declaração do atual gestor da capital, Bruno Reis (União Brasil), durante o chamado “Baba da Prefs”, no domingo (14), no Barradão. Ao comentar o futuro do dirigente rubro-negro, o prefeito afirmou que Mota ainda teria “mais desafios” pela frente no próximo ano — frase lida, no meio político, menos como elogio esportivo e mais como teste público de viabilidade eleitoral.

Questionado pelo Blog do Vila sobre uma provável candidatura ao Congresso Nacional, Fábio Mota adotou cautela, mas não descartou a hipótese. “Não pretendo ser. Quero, se Deus permitir, completar meu mandato. Porém o futuro a Deus pertence”, disse.

Historicamente ligado ao MDB, hoje na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Mota terá de buscar uma nova legenda alinhada ao grupo de ACM Neto caso decida entrar na disputa.

Incentivo de Bruno, Neto de olho no ‘voto colossal’

O blog apurou que a possível empreitada do mandatário do Colossal conta com incentivo de Bruno e Neto, que vêm forte potencial eleitoral em Mota e capacidade de atração do voto dos torcedores rubro-negros para reforçar o projeto de oposição no estado.

O ultimo presidente de clube baiano a acumular cargo na Câmara e a direção esportiva foi Marcelo Guimarães Filho, que teve mandato de deputado federal entre 2003 e 2011 e comandou o Bahia de 2008 a 2013.

No Vitória, Paulo Carneiro, que presidiu a agremiação de 1991 a 2000, foi vereador de Salvador (1993-1994) e deputado estadual (1995-2003). 

Baba da Prefs vira campo de batalha

Por falar no “Baba da Prefs”, o evento realizado no último fim de semana no Barradão, que deveria ser apenas uma confraternização, gerou ruído político entre vereadores da base de Bruno Reis.

No grupo da bancada no WhatsApp, a grita foi geral. Alguns parlamentares reclamaram não terem sido convidados, entre eles Cláudio Tinoco (União), Alexandre Aleluia (PL) e Alex Alemão (DC), apontado por colegas como o mais exaltado com a suposta exclusão.

Procurado pela coluna, Tinoco negou qualquer contenda e garantiu que “não pisaria no Barradão” por ser torcedor do Bahia. Os demais preferiram não se manifestar.

Coube aos vereadores Kiki Bispo (União), líder do governo, e Anderson Ninho (PDT), ambos adeptos do Vitória, a missão de acalmar os ânimos. O argumento apresentado foi o de que a pelada acontece há seis anos e é organizada por servidores da prefeitura, sem interferência direta do Palácio Thomé de Souza.

Dentro de campo, o destaque ficou por conta do próprio prefeito, que perdeu um pênalti, segundo relatos feitos à coluna.

Vereadores entre o sonho e a ‘rabada’

Nada está definido para a maioria dos pelo menos 12 vereadores de Salvador que pretendem disputar uma vaga na Câmara dos Deputados (sete nomes) ou na Assembleia Legislativa da Bahia (cinco) em 2026.

No campo de ACM Neto (União Brasil), nove pré-candidatos aguardam uma sinalização direta do ex-prefeito. Entre eles, a avaliação é de que o cenário se tornou mais difícil para vereadores, diante da falta de estrutura e de espaço nas chapas majoritárias.

“Um ou outro pode furar a bolha. A maioria sabe que é rabada”, relatou um edil à coluna.

Entre os que acreditam ter alguma chance, a expectativa é de mudança de partido na próxima janela partidária, entre março e abril de 2026. Sem a palavra final de Neto, muitos seguem no limbo político.

Do outro lado do tabuleiro, na órbita do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do PSOL, os nomes colocados são tratados como certos na disputa: Silvio Humberto (PSB) e os pessolistas Eliete Paraguassu e Hamilton Assis.

Rui Costa, narrativa e memória seletiva

Ainda na interseção entre política e futebol, um vereador que foi vizinho do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), contestou versões recorrentes usadas pelo ex-governador para se aproximar do eleitorado mais carente.

O petista, que nasceu e foi criado na Rua Major Cunha Matos, transversal da Ladeira do São Domingos, entre a Liberdade e a Baixa do Fiscal, costuma afirmar que jogava futebol na comunidade e que, diante da pobreza, pedia pelancas de carne no açougue para pescar e ajudar no sustento da família.

“Rui nunca jogou bola. Quem jogava era Roberval, irmão dele. Ele nunca foi uma pessoa querida no bairro. Passava e não falava com ninguém. Essa história da pelanca é uma mentira deslavada”, disparou o vizinho.

A crítica ganhou força após a comparação feita pelo ministro, nesta semana, entre os governos petistas na Bahia e as gestões de ACM Neto e Bruno Reis em Salvador, declaração que provocou revolta entre aliados do atual e do ex-prefeito da capital.

Desabrigo político

Com mais uma denúncia de agressão à mulher, o ex-deputado estadual Marcell Moraes ficou politicamente desabrigado. O PRD, que chegou a lançar o nome do protetor dos animais como pré-candidato ao Senado em 2026, recuou.

O Blog do Vila apurou que Marcell já havia desistido da disputa majoritária e tentava viabilizar uma candidatura à Câmara dos Deputados. No entanto, como não chegou a assinar a ficha de filiação, a legenda decidiu agora enterrar de vez o projeto.

A decisão ocorre em meio à tentativa do PRD de conter uma crise de imagem na Bahia, já que o partido abriga o deputado estadual Binho Galinha, que segue preso, acusado de comandar uma organização criminosa em Feira de Santana.

“O velho ACM deve estar se revirando no túmulo ao ver o número 25 apoiando o PT e abrigando figuras como Marcell e Binho Galinha”, resumiu um integrante da Assembleia Legislativa em conversa com a coluna.

PDT aposta na reforma e sonha com retorno

Vereadores e deputados do PDT alinhados a Bruno Reis e ACM Neto apostam suas fichas na reforma administrativa prometida pelo governador Jerônimo Rodrigues até janeiro de 2026.

Caso o partido continue sem ser contemplado com espaço no primeiro escalão, cresce entre os pedetistas a expectativa de que o presidente estadual da sigla, o deputado federal Félix Mendonça Júnior, reavalie a permanência na base do governo.

“A ida só beneficiou Luciano Araújo. Foi um benefício exclusivo para um candidato a deputado estadual. Nem Silva Neto foi beneficiado. Cadê a prometida nominata do partido? Todo mundo torce pelo retorno”, reclamou um pedetista à coluna, ao citar os ex-prefeitos de Euclides da Cunha e Araci, que devem disputar vagas na Alba em 2026.

Outro correligionário, porém, demonstrou descrença: “O PDT não foi para o governo por acordo de cargos. Acho que voltar não tem mais jeito”.

Informações chegadas à coluna indicam que os vereadores dissidentes seguem se reunindo com Félix normalmente, sem cobrança formal por mudança de posicionamento na Câmara de Salvador.

PL dividido e 2026 em aberto

No PL, o clima é de divisão entre otimismo e pessimismo. Integrantes do partido revelaram à coluna que ainda não houve reunião para discutir a estratégia eleitoral na Bahia após o lançamento da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República.

Ao contrário da sinalização do deputado estadual Diego Castro, que defende um rompimento com ACM Neto caso não haja apoio explícito a Flávio, a avaliação interna é de que “não deve mudar muita coisa”.

Um dirigente liberal afirmou compreender a tática nacional. “Acho uma boa Flávio disputar. Ele será um grande candidato. Ganhar o Brasil e perder São Paulo não é uma boa escolha”, disse, ao comentar a possível saída do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) do jogo.

Outra fonte, porém, foi mais cética: “Neto só tem chance com Tarcísio. Se essa candidatura for mesmo à vera, João Roma vai ter que sair de novo para governador. A menos que isso tudo seja fake”.

No PL, por enquanto, ninguém sabe exatamente qual jogo será jogado em 2026 — nem quem estará em campo quando a bola rolar.

 

Informações do Blog do Vila

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