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Coronel estima definição de chapa até janeiro, confirma 'clima tenso' na base e avisa: 'Não fico onde não me querem'
Coronel estima definição de chapa até janeiro, confirma 'clima tenso' na base e avisa: 'Não fico onde não me querem'
Por Redação
03/12/2025 às 17:35

Foto: Vaner Casaes / Alba
O senador Angelo Coronel (PSD) confirmou, em entrevista à CBN Salvador nesta quarta-feira (3), que mantém sua pré-candidatura ao Senado e que não há qualquer desalinhamento dentro do PSD. Ele rebateu especulações sobre um suposto desconforto com a indicação de Otto Alencar Filho ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Eu sempre fui torcedor que Otto Filho fosse para o TCE. É competente, tem bagagem. Nunca indiquei ninguém. Minha candidatura está mantida”, disse. O parlamentar afirmou ainda que não se preocupa com o nome que o PT escolherá para disputar o Senado: “Eu não mexo em time dos outros”.
Ao comparar a disputa à formação de um casamento, foi direto: “Tem namoro, noivado, casamento e lua de mel. Se não me quiserem, vou fazer o quê? Você já viu casamento em que só um quer?”.
Decisão do PT segue incerta: “Tem que ser um acordo bilateral”
Questionado se há martelo batido com o PT, Coronel afirmou que não: “Eu sei que sou candidato. Na parte do PT, quem cuida é Otto Alencar. Se o PT decidir que Angelo Coronel não será candidato, como é que eu mantenho a candidatura? Tem que ser um acordo bilateral”.
O senador reforçou que não cogita deixar o PSD, mas admite todas as demais alternativas caso seja isolado na chapa governista: “O partido pode coligar, pode ter candidatura avulsa… Não queremos isso, mas não vamos ficar de braços cruzados vendo o PSD ser limado. Essa eleição será decidida nos detalhes”.
Especulações, ‘guerra das esposas’ e relação com Neto
Ao ser informado sobre bastidores que apontam uma vaga para o PSD e outra para o PT — com Rui Costa ou Jaques Wagner como candidato a deputado federal — Coronel evitou cravar cenários, mas não perdeu o humor.
Ele comentou, com ironia, a suposta “guerra” entre as ex-primeiras-damas Aline Peixoto e Fátima Mendonça: “Eu vou até pedir a Eleusa para se aquecer para entrar em campo também, para não ficar sozinho no relento”.
Sobre a possibilidade de ser acolhido por ACM Neto, o senador foi direto: “Toda a Bahia sabe que tenho amizade pessoal com Neto e com Bruno Reis. Não tenho problema com ninguém. Se alguém não gosta de mim, eu abraço para tentar demover”.
Cenários internos: Wagner, Rui e disputa por espaço
Coronel confirmou que há correntes com interesses distintos dentro do PT: uma defende uma chapa com Wagner, outra com Rui e os “petistas mais radicais” querem excluir o PSD da composição. “Eu me dou bem com os dois. Mas tenho que lutar pelo meu espaço. Se querem tudo para lá, eu tenho que lutar pelo meu”, ponderou.
Ele afirmou também que a indicação de Otto Filho ao TCE não altera a posição do PSD nem pode ser usada como moeda de troca na disputa majoritária. “Jerônimo sabia que era independente da permanência de Coronel na chapa. Rui sabe. Wagner sabe”, pontuou.
Prazo para definição e possível mudança de rota
Apesar de o PT trabalhar com a ideia de definição só em março, Coronel sinaliza que seu horizonte é mais curto. “No decorrer deste mês, ou na primeira quinzena de janeiro, já se tem uma ideia. Não dou prazo oficial, tudo tem que ser conversado. Na hora que eu sentir que não vai ter espaço para Angelo Coronel, eu tenho que reunir meus dois filhos, que são dois deputados, reunir os prefeitos que me apoiam, reunir familiares, amigos, reunir a imprensa e dizer”, alertou.
E deixou um aviso explícito: “Eu não posso ficar em um lugar onde não me querem. Tenho que procurar outra alternativa: sair independente ou coligar com outro grupo, se for convidado.”
Força nos municípios e a bandeira municipalista
Coronel destacou ainda sua base de apoio nos municípios, ao reforçar que sua plataforma é suprapartidária. “Já tenho contato com 406 dos 417 prefeitos. A grande maioria defende nosso nome. Represento o municipalismo”, declarou.
Ele também lembrou o peso das grandes cidades: “54% dos votos da Bahia estão nas 50 maiores cidades. Salvador representa 17%. É uma eleição de detalhes”.
O senador concluiu com a afirmação de que confia em seu trânsito no estado: “Quero paz, tranquilidade e que Deus ajude a ganhar os melhores”.
Informações do Blog do Vila
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