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Após mais de 24h, Lula se manifesta pela primeira vez sobre operação no Rio

Após mais de 24h, Lula se manifesta pela primeira vez sobre operação no Rio

Por Redação

30/10/2025 às 08:30

Imagem de Após mais de 24h, Lula se manifesta pela primeira vez sobre operação no Rio

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou na noite desta quarta-feira (29) pela primeira vez sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no Rio de Janeiro há mais de 24 horas. Em nota, o petista adotou tom cauteloso, evitou críticas ao governador do estado, Cláudio Castro (PL), e cobrou “trabalho coordenado” contra as facções criminosas.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, disse o chefe do Executivo.

A operação contra o CV foi a mais letal da história do Rio. Segundo o balanço mais recente, a ação resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de pelo menos 119, entre elas quatro policiais. Lula não citou os agentes mortos no confronto com os criminosos.

O presidente destacou a Operação Carbono Oculto deflagrada pela Polícia Federal contra um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.

"Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro", disse.

Lula também defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública. Para o petista, a proposta do governo vai "garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas".

Diferentemente de Lula, seus ministros criticaram Castro pela operação. Após o governador reclamar de falta de apoio federal, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que ele deveria “assumir as suas responsabilidades” ou “jogar a toalha” e pedir a implementação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado.

Lewandowski disse não ter recebido um pedido de reforço do governo do Rio. Castro rebateu e afirmou que quem não quisesse "somar" com o estado deveria "sumir". A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também defendeu a aprovação da PEC de Segurança Pública.

"Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado", disse a ministra. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, criticou Castro pela suposta falta de ações para asfixiar financeiramente as facções criminosas que agem no estado.

Ao chegar da viagem oficial à Ásia, Lula convocou uma reunião para tratar do tema nesta manhã. Pela tarde, o presidente participou da posse de Guilherme Boulos como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, mas silenciou sobre a operação. Mais cedo, Lewandowski anunciou, ao lado de Castro, a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado para a conter a crise de segurança pública no estado.

Veja a íntegra da 1ª declaração de Lula sobre operação no Rio

“Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.

Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco.

Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro.

Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas.”

 

Informações da Gazeta do Povo

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