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Geddel nega crise com Jerônimo, mas cutuca aliados: 'Lealdade não é subserviência'
Geddel nega crise com Jerônimo, mas cutuca aliados: 'Lealdade não é subserviência'
Por Redação
10/11/2025 às 13:00
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Uma publicação feita por Geddel Vieira Lima (MDB) nas redes sociais agitou os bastidores da política baiana nesta semana. No Instagram, o ex-ministro da Integração Nacional escreveu que, após percorrer o interior do estado, avaliou que "o ex-prefeito de Salvador será extremamente competitivo, se realmente for candidato". A frase sobre a pré-campanha de ACM Neto (União Brasil) foi suficiente para levantar rumores de rompimento com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) — hipótese que o próprio Geddel tratou de negar.
Em entrevista exclusiva ao Blog do Vila, o emedebista reafirmou que o MDB permanece leal ao governo e que "não há nenhum problema" na relação com o Palácio de Ondina. Segundo ele, as conversas sobre a formação da chapa de 2026 ainda não começaram, mas o partido mantém a defesa pela manutenção do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) no posto.
"Tenho conversado com o governador, com [Jaques] Wagner, com Otto [Alencar], e esse tema [composição da chapa] nunca foi abordado. Não há perspectiva nem interesse do PSD em indicar a vice. Estamos alinhados nisso. Nós temos o vice que foi eleito e vamos aguardar as conversas no momento oportuno. A relação está muito boa", afirmou Geddel.
Apesar disso, o ex-ministro acrescentou que a lealdade do MDB não o impede de fazer advertências internas ou públicas, quando julgar necessário.
"Nossa posição é de lealdade ao governador e ao governo que ajudamos a eleger. Agora eu critico sempre no grupo do ACM Neto, do grupo do Antônio Carlos Magalhães, a sabujice, a subserviência. O fato de sermos aliados, de eu ser aliado, não obliterou a minha capacidade de pensar, nem inibe a minha capacidade de manifestar-me. Eu me manifesto 99,9% das vezes para dentro, com muita franqueza e muita clareza. Diferente do que muitos fazem, não tenho receio para me manifestar, e quando acho necessário faço alguma manifestação para fora para provocar reflexões, o que não significa atrito, nem malquerença, nem mal-estar. Para mim o lema é, lealdade não é subserviência, educação não é sabujice e participar do mesmo projeto não é perder a capacidade de pensar, de refletir e se manifestar. Posso te garantir que o MDB é mais leal do que muitos que ficam caladinhos fazendo comentários nas cafuas e nos pés de escada", disparou.
Na mesma linha, o presidente municipal do MDB, Lúcio Vieira Lima, reforçou que o partido está satisfeito com os acordos firmados em 2022, mas ponderou que "ninguém tem voto individual", ao defender a reedição da chapa majoritária com Jerônimo, Wagner, Angelo Coronel e Geraldo Júnior. De acordo com o dirigente, não há hipótese de a sigla migrar para o lado de ACM Neto. "Achamos que Neto não será candidato. O José Ronaldo da vez é João Roma", ironizou.
O Blog do Vila apurou que o entendimento entre os emedebistas é de que, como o PSD não demonstrou interesse na vice, não caberia ao Avante ocupar o espaço caso o ministro Rui Costa (PT) consiga concorrer ao Senado — já que o partido comandado por Ronaldo Carletto é visto como um braço político do próprio ministro. Outro ponto em discussão é o apoio do governo para o crescimento das bancadas federal e estadual da legenda. Hoje, o MDB só conta com Ricardo Maia na Câmara dos Deputados e com Matheus Ferreira, filho de Geraldinho, e Rogério Andrade na Assembleia Legislativa.
Informações do Blog do Vila
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