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EUA lançam a “Operação Lança do Sul” na América Latina: “Vamos expulsar os narcoterroristas”
EUA lançam a “Operação Lança do Sul” na América Latina: “Vamos expulsar os narcoterroristas”
Por Redação
14/11/2025 às 10:00

Foto: Reprodução/Casa Branca
O governo dos Estados Unidos lançou a “Operação Lança do Sul” (Operación Lanza del Sur), uma missão de grande escala liderada pelo Comando Sul (SOUTHCOM) e pela Força-Tarefa Conjunta Lança do Sul (SOUTHERN SPEAR) com o objetivo declarado de combater o narcotráfico na América Latina.
A manobra, autorizada pelo presidente Donald Trump, inclui o envio do porta-aviões mais avançado do país para o Caribe, gerando uma escalada de tensão na região, especialmente em relação à Venezuela.
O ápice da missão é a iminente chegada ao Caribe do porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford. Segundo autoridades americanas, a presença da embarcação, considerada uma demonstração de poder não vista na América Latina há décadas, serve como uma advertência direta ao regime de Nicolás Maduro, frequentemente acusado de liderar o Cartel dos Sóis na Venezuela.
O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou a missão como essencial para a segurança nacional:
“Esta missão defende nossa pátria, expulsa aos narcoterroristas de nosso hemisfério e protege nossa pátria das drogas que estão matando nossa gente. O hemisfério ocidental é a vizinhança dos Estados Unidos, e a protegeremos.”
Ele ainda completou, através de sua conta na rede social X, que “o presidente Trump ordenou a ação”.
O Secretário de Estado Marco Rubio reforçou que o foco da operação é “frear o tráfico de drogas para o território estadunidense” através do combate a “narcoterroristas organizados”. Em entrevista à imprensa, Rubio afirmou que isso é o que o presidente Trump autorizou e “isso é o que o exército está fazendo” na zona.
Em resposta ao massivo deslocamento militar americano, o regime venezuelano de Nicolás Maduro reagiu com uma “mobilização massiva” de tropas e civis.
O ministro da Defesa chavista, Vladimir Padrino López, anunciou na televisão estatal que recursos aéreos, navais, terrestres e de mísseis participaram por dois dias em exercícios de preparação para “enfrentar ameaças imperialistas”. Imagens divulgadas mostraram Padrino junto a um sistema de mísseis antiaéreos em Caracas, e efetivos civis e militares formados em diversas regiões do país.
As ações americanas recentes, apresentadas como campanha antinarcóticos, também incluíram exercícios militares perto das costas venezuelanas, operações autorizadas da CIA dentro do país e ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico oriental, que já resultaram em mais de 75 mortes, segundo fontes oficiais.
As ações dos Estados Unidos geraram reações diversas na região:
- O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que foi recentemente sancionado por Washington sob acusações de colaborar com o narcotráfico, inicialmente anunciou a suspensão do intercâmbio de inteligência. Contudo, ele moderou a postura, condicionando a cooperação a garantias em matéria de direitos humanos.
- A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou que a Secretaria de Marinha (Marinha Mexicana) interceptará embarcações suspeitas em águas internacionais próximas ao país, após um acordo com os EUA para evitar ataques americanos na zona.
Especialistas em defesa interpretam o movimento como pressão. David Smilde, professor da Universidade de Tulane, avalia que o operativo busca oferecer “uma ameaça crível de uso da força como medida de pressão, mais que consumar uma intervenção militar direta”.
Mark Cancian, coronel aposentado da Marinha e consultor do CSIS, observou que o porta-aviões não deve permanecer muito tempo na região devido ao seu valor estratégico e à possibilidade de ser requerido em outras áreas, como o Oriente Médio. Cancian também alertou que a Venezuela dispõe de sistemas de defesa antimísseis sofisticados, providos pela Rússia, o que eleva o risco em caso de escalada.
Com informações de AP
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