“Devem fazê-lo imediatamente”: Maduro rejeitou oferta; veja o que foi oferecido
Por Redação
01/12/2025 às 09:00

Foto: Presidência da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria oferecido ao ditador venezuelano Nicolás Maduro uma oportunidade de deixar a Venezuela com vida — mas apenas se a saída fosse imediata, segundo uma reportagem bombástica publicada pelo Miami Herald.
De acordo com o jornal, que cita fontes com conhecimento direto do diálogo, Trump e Maduro conversaram por telefone na semana passada. Durante a ligação, o líder venezuelano teria exigido manter o controle das Forças Armadas e ainda pediu anistia global por todos os crimes atribuídos a ele e a seus aliados.
O pedido, porém, não teria sido bem recebido. A resposta de Trump foi descrita como direta, e as negociações desmoronaram rapidamente. Segundo as fontes, o ditador, sua esposa e seu filho poderiam deixar o país em segurança, mas “eles têm que fazer isso imediatamente”.
A chamada teria ocorrido no final da semana de 16 de novembro, informou o New York Times, poucos dias depois de Trump declarar publicamente que estaria aberto a conversar com Maduro.
Durante o telefonema, Trump e a equipe de Maduro teriam discutido os termos de uma possível rendição do líder venezuelano, tendo em vista que o Departamento de Estado dos EUA mantém uma recompensa de US$ 50 milhões por sua captura.
“First, Maduro asked for global amnesty for any crimes he and his group had committed, and that was rejected”, disse uma fonte ao Miami Herald.
“Second, they asked to retain control of the armed forces — similar to what happened in Nicaragua in ’91 with Violeta Chamorro. In return, they would allow free elections”, acrescentou.
A proposta também foi recusada, assim como a exigência dos EUA de que Maduro renunciasse imediatamente. O Herald afirma ainda que a oferta de anistia teria sido estendida aos principais aliados do ditador.
Após o fracasso das negociações, Trump intensificou a pressão sobre Caracas e alertou que os Estados Unidos passariam a atingir redes de narcotráfico “by land” em breve.
No sábado, o presidente americano declarou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “closed in its entirety”, aumentando o temor de um conflito iminente no país de 28 milhões de habitantes.
O aviso ocorreu enquanto o maior navio de guerra dos EUA, o USS Gerald Ford, e uma unidade expedicionária de fuzileiros navais — capaz de realizar uma invasão anfíbia — permanecem posicionados próximos à costa venezuelana.
Maduro e seus aliados condenaram a medida, chamando o movimento de uma agressão “colonial” dos Estados Unidos e acusando Trump de tentar usar força militar para se apoderar das extensas reservas de petróleo da Venezuela.
Desde setembro, os EUA conduzem uma operação militar focada no mar, atacando supostas embarcações usadas pelo narcotráfico e originadas da Venezuela e de outros países da América Latina. Segundo a reportagem, o governo americano já realizou pelo menos 21 ataques fatais contra pequenos barcos.
Em um desses episódios, militares dos EUA teriam matado sobreviventes após bombardear uma embarcação perto de Trinidad, em um suposto ataque de “double tap”, alegadamente ordenado pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, para “kill everybody” — ordem que ele nega ter dado.
Críticos e especialistas em direitos humanos classificaram os bombardeios como execuções extrajudiciais, e o Congresso dos EUA abriu investigações sobre o suposto ataque de “double tap”.
Informações da Gazeta Brasil
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