“A uva brasileira, desenvolvida pela Embrapa, que é uma das maiores empresas de tecnologia agrícola do mundo. Por isso, Trump, eu queria aproveitar este sábado, em que estou plantando o pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar, para que a gente possa conversar e para que você conheça o Brasil verdadeiro”, disse o presidente.

Lula também ironizou a medida adotada pelo governo norte-americano. “Não adianta o presidente Trump taxar nossa uva. Se necessário, ela vai para a merenda escolar”, afirmou.

Depois do vídeo da jabuticaba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a usar as redes sociais para mandar um recado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No fim da noite de sábado (16), o petista publicou um vídeo em que aparece plantando um pé de uva no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Durante a gravação, Lula disse que estava cultivando “comida, não violência ou ódio” e aproveitou para rebater a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.

As tarifas entraram em vigor no último dia 6. Trump justificou a decisão como uma forma de responder a políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro, que, segundo ele, prejudicam empresas dos Estados Unidos, direitos de liberdade de expressão dos cidadãos norte-americanos, além da política externa e da economia do país.

No vídeo, Lula voltou a se colocar como defensor da diplomacia. “Estou plantando comida, e não violência ou ódio. Espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para o senhor aprender a qualidade do povo brasileiro”, disse.

A publicação acontece um mês depois de Lula ter feito gesto semelhante no Alvorada, quando gravou ao lado de um pé de jabuticaba e afirmou que pretendia levar a fruta a Trump. Na ocasião, o presidente associou a jabuticaba à diplomacia e defendeu mais “união e relação diplomática” entre Brasil e Estados Unidos.

Lula também confirmou que já tem pronto o discurso que fará na Assembleia Geral da ONU, marcada para 23 de setembro em Nova York. O chefe do Executivo brasileiro será o primeiro a falar, como manda a tradição, e afirmou ter expectativa de encontrar Donald Trump no evento.