O avanço das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e as perspectivas de expansão do sistema foram debatidos nesta quarta-feira (13), na Ilha de São João, em Simões Filho, em audiência pública presidida pelo deputado estadual Robinson Almeida (PT). A discussão foi aprovada na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, atendendo solicitação do petista. Com 29,86% das obras concluídas no lote 1, o trecho entre a Calçada à Ilha de São João terá 18 paradas ao longo de quase 17 km, dois pátios de manutenção, terminal de ônibus integrado e quatro obras de arte especiais (Ponte de São João, Túneis de Periperi, Viaduto de Paripe e Terra Armada de Olindina).  A previsão é que parte desse lote, correspondente a 4 km entre a Calçada e o Lobato, seja inaugurada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) até julho de 2026, com operação assistida e gratuita para a população. A conclusão total está prevista para acontecer em 2028.

Durante audiência pública, também foi anunciado que no dia 10 de setembro, uma comitiva do Governo do Estado, formada por deputados e 20 representantes das comunidades beneficiadas, visitará a fábrica da CAF, em Hortolândia (SP), para inspecionar os trens que passarão por adequações antes de entrar em operação. Também foi apresentada a expectativa de ampliação do modal até Mapele e, em seguida, até Camaçari. O deputado Robinson Almeida destacou a relevância do VLT para a mobilidade e o desenvolvimento econômico da região.

“É a maior obra de mobilidade urbana em execução no Brasil, que vai integrar a região metropolitana, fortalecer o desenvolvimento de Salvador e de Simões Filho, com mais oportunidades e geração de emprego para a população. O VLT não é só um transporte, é uma obra de desenvolvimento econômico, de integração e de transformação social”, enfatizou.

Durante o encontro, o diretor de obras da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eracy Maciel, apresentou a perspectiva de expansão prevista para Mapele, com mais 6 km, e posteriormente para Camaçari, que somará 24 km ao sistema. Ainda há perspectiva futura de levar o modal até Alagoinhas, acrescentando mais 101 km ao modal. Eracy também destacou o impacto social da obra: no Lote 1, são 1.658 trabalhadores empregados, sendo 96,8% baianos e 60,28% moradores do entorno. Mulheres representam 10,01% da mão de obra, com crescente presença em funções técnicas e de liderança. O gestor ainda destacou que o VLT também representa uma ampla revitalização urbana, com obras de drenagem pluvial, duplicação de vias, intervenções urbanísticas, restauração de edificações e melhorias de infraestrutura. 

“O VLT não é só uma obra de mobilidade”, afirmou, ao observar o impacto social e para o desenvolvimento econômico da região. 

A audiência pública contou com a presença dos vereadores Glauber Lima (Simões Filho) e Cláudio Tinoco (Salvador), do assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e ex-vereador da capital, Tiago Ferreira, e do representante da Comissão de Acompanhamento das Obras do VLT (CAO), Edicarlos Souza, além de moradores locais.