04 de Agosto de 2025

Oposição comemora sucesso dos atos que reuniram dezenas de milhares contra Moraes e Lula

Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro comemoraram a adesão de dezenas de milhares de brasileiros aos atos realizados neste domingo (3) contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro não participou porque teve sua liberdade restrita por medidas cautelares do Supremo. A expectativa da oposição a partir de agora é de que a mobilização ajude a pressionar o Congresso pela aprovação de pautas como da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. 

As manifestações aconteceram em pelo menos 20 capitais, com os maiores públicos registrados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém, Campo Grande e Porto Alegre. Segundo o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL, cerca de 70 cidades tiveram atos em todo o Brasil. Veja as fotos das principais manifestações.

Os atos foram marcados pela ausência dos governadores de direita que disputam apoio de Bolsonaro para eventuais candidaturas presidenciais em 2026: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo, Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR).

"Eu já vim aqui centenas de vezes na Avenida Paulista, mas hoje eu confesso que o clima está diferente. Eles acharam que nós íamos desistir. Se lascou, Alexandre de Moraes. Enquanto houver um brasileiro de camisa verde e amarela, a gente não vai se curvar a você. O STF não está acima do Brasil, o Brasil está acima do STF", disse Nikolas Ferreira (PL-MG) durante seu discurso em São Paulo.

Sem Bolsonaro, a oposição optou fazer atos espalhados pelo Brasil, abandonando a estratégia de concentrar o máximo de público possível e de lideranças políticas em uma cidade específica. Havia receio de que o comparecimento de apoiadores fosse mais baixo. "Jamais esperei que hoje tivéssemos tanta gente para nos prestigiar", afirmou presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, em discurso para uma multidão na Avenida Paulista, em São Paulo.

O ato na Avenida Paulista reuniu uma multidão maior a manifestação anterior, em 29 de junho, quando Bolsonaro subiu em um carro de som para pedir anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023 e em meio à evolução acelerada de seu julgamento no STF por golpe de Estado.

Dessa vez o ex-presidente Bolsonaro não pôde estar presente por conta das medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as cautelares, estão o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa aos finais de semana e à noite e proibição de usar redes sociais. 

Apesar da ausência, Bolsonaro acompanhou parte dos discursos por meio de uma ligação feita por Nikolas Ferreira. "Jair Bolsonaro não pode falar, mas ele pode ver isso aqui! Jair Bolsonaro é a tua força, mesmo estando preso dentro de casa. Essa é a sua força, a sua voz, as sementes que você deixou para o nosso país", disse o parlamentar.

Lideranças da oposição avaliaram que a presença de público foi impulsionada pela empolgação com o aumento da pressão do governo do presidente americano Donald Trump sobre o STF, com o enquadramento de Moraes na lei Magnitsky, que o coloca ao lado de criminosos e párias internacionais que não podem fazer negócios com empresas dos Estados Unidos.

No Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família Bolsonaro, o ato foi liderado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho do ex-presidente discursou ao lado de um papelão em tamanho real do pai. 

“Quero agradecer a cada um que veio aqui hoje e ficou até esse momento embaixo desse sol. Eu sei que é cansativo, mas, para retribuir, vocês vão ouvir um ‘boa tarde’ do melhor presidente da história desse Brasil, que está na linha comigo agora”, disse o senador durante uma ligação com Bolsonaro. 

Pelo telefone, o ex-presidente declarou: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

Em Brasília o ato foi liderado pela deputada Bia Kicis (PL-DF) e pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). “Hoje nós somos a voz do nosso presidente Bolsonaro, hoje nós somos a voz do Daniel Silveira, hoje nós somos a voz do Felipe Matins, hoje nós somos a voz do Clezão, hoje nós somos a voz de Carla Zambelli”, disse Bia Kicis. 

O deputado Ubirantan Sanderson (PL-RS), vice-líder da oposição na Câmara, considerou o dia um marco para a direita brasileira. “Mesmo impedido de ir às ruas, Bolsonaro levou milhares de pessoas a se manifestarem. Foi um dia histórico em defesa da liberdade e contra perseguições políticas”, afirmou.

 

Informações da Gaeta do Povo / Foto: Thiago Vieira/Gazeta do Povo

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