Seminário ‘Se a cidade fosse nossa’ reúne centenas de pessoas para debater Salvador
Cerca de 350 pessoas participaram do seminário ‘Se a cidade fosse nossa’, realizado neste sábado (4), no auditório da Faculdade Visconde de Cairu, no Barris. O encontro debateu sobre a realidade urbana de Salvador, direito à cidade e o conceito de cidade inclusiva. Estiveram presentes representantes de diversos movimentos sociais, lideranças comunitárias e políticas, gestores, artistas e intelectuais, entre outros.
Realizado pelo Movimento ‘Se a cidade fosse nossa’, o seminário foi a culminância do debate público sobre a cidade, iniciado em janeiro, com o objetivo de chamar à atenção para desigualdades urbanas e a necessidade de transformação da cidade a partir da participação social.
"Todo processo popular precisa ser formativo. Precisamos fazer um novo debate sobre Salvador, colocando a população no centro dos espaços de construção e deliberação sobre a cidade, especialmente os grupos historicamente excluídos ", afirmou Ademário Costa, coordenador do movimento.
O debate tem como base o livro ‘Se a cidade fosse nossa’ da arquiteta e urbanista Joice Berth, que mostra os desafios das cidades brasileiras enquanto espaços que refletem injustiças sociais a partir das diferenças raciais, culturais, religiosas, de gênero e orientação sexual. A obra defende o modelo de cidade inclusiva, com participação, desenvolvimento e igualdade social.
"A população precisa ocupar os espaços urbanos. Qual é o lugar de fala das pessoas que moram na cidade? Quem está planejando e deliberando sobre ela? Qual a participação das pessoas negras nos espaços de debates e decisão sobre a cidade mais negra do Brasil? Este é o debate. Salvador precisa ser pensada e acessada por todos", explicou Joice Berth em vídeo gravado especialmente para o encontro.
O seminário promoveu o debate de oito eixos temáticos: Educação integral nas cidades e a cidade educadora; Saúde; Cultura; Ciência, tecnologia e inovação; Meio Ambiente e mudanças climáticas; Esportes; Cidade, planejamento, patrimônio, mobilidade e infraestrutura; Trabalho, renda e economia criativa.
Uma das debatedoras do encontro, a presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, destacou a importância de pensar as cidades visando a solução de problemas estruturais. “Estamos vendo a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, isso mostra como as cidades estão despreparadas para as mudanças climáticas. Em Salvador não é diferente, quando chove as comunidades são as que mais sofrem”, declarou a gestora.
Também fizeram parte das oficinas João Sales, ex-reitor da UFBA, Leonardo José, presidente da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador, Flávio Gonçalves, diretor geral do IRDEB, Márcia Cordeiro do Observatório Nacional de Educação Integral, Pyedra Barbosa do movimento hip- hop Terceiro Round, Ranieri Botelho, economista, Fernanda Moscoso do Movimento do Centro Histórico, Carla Uckonn da CESOL, Nilma Santos do Centro Cultural Que Ladeira É Essa, Horácio Filho do Núcleo de Inovação da UFBA), entre muitos outros.
Durante o seminário, foram apresentadas diversas propostas dentro dos temas discutidos. O próximo passo do movimento ‘Se a cidade fosse nossa’ será ampliar este debate nas comunidades de Salvador.
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