CNI pede ao governo para negociar com os EUA adiamento de tarifas por 90 dias
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) solicitou no fim da tarde de segunda-feira (14) ao governo brasileiro que interceda junto aos Estados Unidos para obter o adiamento mínimo de 90 dias na aplicação das tarifas de 50%, anunciadas pelo presidente Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
O pedido foi formalizado durante reunião virtual convocada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban, com a participação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, e dos presidentes das federações industriais de todo o país.
Iniciativa serviria para avaliar detalhes das tarifas nos setores industriais
A iniciativa garantiria prazo adicional para que a indústria consiga avaliar em detalhe os efeitos da medida tarifária e busque soluções diplomáticas para reduzir os impactos. A elevação das tarifas, anunciada pelo governo norte-americano na semana passada, está programada para entrar em vigor em 1º de agosto, conforme carta enviada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, por meio de rede social, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda sem publicação em ato executivo.
Representantes do setor produtivo afirmam que o adiamento de 90 dias é fundamental para evitar perdas significativas: estimativas preliminares indicam possível redução de 110 mil empregos e impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caso a tarifação ocorra conforme prevista. Especialistas apontam estimativas de queda do PIB entre 0,3%, em 2025, a até 0,5%, em 2026.
Governo terá reuniões com setores da indústria e do agro nesta terça-feira
A secretária Tatiana Prazeres informou que as considerações da CNI serão encaminhadas ao governo federal para orientar as negociações diplomáticas. O pedido ocorre em um momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, que coordenará as ações do Brasil frente ao tarifaço. Nesta nesta terça-feira (15), o vice-presidente Geraldo Alckmin, coordenador do Comitê, terá reuniões sobre o impacto do tarifaço com setores industriais e, em seguida, o agronegócio.
Informações da Gazeta do Povo / Foto: GAZETA
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