Rui Costa diz que não se engajará na campanha de Geraldo Jr.: 'não vou conseguir'
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que não terá como se engajar na campanha de Geraldo Júnior (MDB) a prefeito de Salvador.
"Não vou conseguir ser tão engajado como fiquei em outras campanhas. Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá para ter presença aqui", disse o petista baiano.
O CORREIO já havia antecipado que aliados de Rui Costa não acreditavam que o ministro da Casa Civil iria se envolver na campanha de Geraldo Júnior a prefeito.
O vice-governador da Bahia não era o nome de Rui para a disputa eleitoral. O ministro queria emplacar o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), José Trindade, como candidato a prefeito da capital, mas perdeu a briga para o senador Jaques Wagner (PT), com quem vem tendo cizânias nos últimos anos.
Aliados há mais de 40 anos, Rui Costa e Jaques Wagner protagonizam uma espécie de guerra fria com disputas de bastidores na Bahia e no núcleo duro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em público, afirmam que estão afinados e com boas relações, mas aliados confirmam as desavenças entre ambos.
Além disso, o presidente Lula já avisou aos ministros para não entrar em “bola dividida” na campanha eleitoral. O chefe do Palácio do Planalto pediu aos seus colaboradores que tenham cuidado nos locais onde houver mais de um candidato da base do governo.
Disputa
O ministro da Casa Civil também sinalizou, em entrevista à Folha, o desejo de concorrer a uma vaga no Senado pela Bahia nas eleições de 2026. A pretensão de Costa, que governou a Bahia de 2015 a 2022, acirra a disputa interna pela vaga dentro da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Em 2026, serão duas vagas em disputa para o Senado em cada estado. Mas os dois senadores da Bahia que vão concluir o mandato - Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) - afirmam que querem concorrer à reeleição.
"(A candidatura) é uma possibilidade, mas tenho que conversar com o presidente Lula. Eu faço política pelo projeto coletivo, então a gente precisa ver o melhor cenário. Vou conversar com ele (Lula) para a gente tomar uma decisão, mas está cedo ainda", afirmou o ministro.
Informações do Correio* / Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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