13 de Maio de 2024

“É realmente uma terapia extremamente segura”, diz médica sobre a ozonioterapia

Desenvolvido durante a Primeira Guerra Mundial, na Alemanha, a ozonioterapia tem se popularizado nos últimos anos devido a eficiência do método no tratamento de diversas doenças. Para falar sobre o tema, o programa Microfone Aberto, da Rádio Massa FM, conversou nesta terça-feira (24) com a Drª Maria Emília Gadelha, otorrinolaringologista, pós-graduada em perícias medicas pela Santa Casa de São Paulo, entre outras especialidades.

Durante o bate-papo com o apresentador André Spínola, a Drª Maria Gadelha lembrou que a ozonioterapia já tem os seus tratamentos reconhecidos cientificamente. “Nós conseguimos publicar o nosso trabalho no mapa de evidencias em conjunto com a BIREME, que é a Biblioteca Virtual em Saúde Brasileira”, disse a médica.

O tratamento também está publicado no site da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrando os benefícios em diversas doenças. “Doenças que envolvem inflamação crônica ou aguda, infecções, inclusive de difícil controle por bactérias e várias situações pelo mecanismo de ação da ozonioterapia”.

Ainda, segundo Gadelha, a ozonioterapia pode ser utilizada desde localmente, aplicando ozônio na forma de uma compressa de água ozonizada, na forma de óleo ozonizado, azeite de oliva ou óleo de girassol ozonizado. “Você pode tratar uma ferida no sentido de aumentar uma cicatrização, o fechamento de feridas e até diabéticos, micoses de unhas. O óleo ozonizado é muito útil para tratamento de micoses que são resistentes a cura. Você pode usar também as injeções intra-articulações e o entorno das articulações, artrose de joelho, hérnia de disco, de coluna, dores em geral, cotovelos, ombros, dedos artrites”, afirmou.

A otorrinolaringologista também lembrou que a modalidade também tem eficácia no mecanismo sobre a ação do controle da inflamação e exemplificou outras metodologias de aplicação. “Existem as vias sistêmicas que são as auto-hemoterapias tanto a grande quanto à pequena. A grande é um procedimento em que você no sistema fechado todo descartável você coleta o sangue do paciente, de 50 ml a 200 ml e introduz o ozônio no sistema fechado. Existem as outras vias sistêmicas como a insuflação retal. Existe muito preconceito com tudo que envolve o intestino e a aplicação retal, mas se você pensar qualquer pessoa quando criança usou um supositório. O que acontece é que o nosso intestino é um reservatório muito importante do sistema imunológico”.

Sobre a periodicidade para quem quer fazer esse tipo de tratamento, a médica disse, durante entrevista, que não existe contraindicação e os riscos são praticamente inexistentes se comparados aos benefícios do tratamento.  “Até hoje são sete casos de óbitos desde a abertura do banco de dados do governo americano na década de 60, então é realmente uma terapia extremamente segura, os efeitos colaterais são mínimos, geralmente é necessário fazer os exames de laboratório antes do início do tratamento para justamente verificar se você não tem uma descompensação da tireoide, se não tem uma deficiência da enzima G6PD que é a única contraindicação formal da ozonioterapia, pois isso realmente poderia prejudicar o desenrolar do tratamento, mas em geral os protocolos de ozonioterapia internacionais eles recomendam a aplicação de seis a dez sessões semanal ou quinzenal para que o organismo da pessoa possa processar a informação” lembrou a especialista.

Para quem deseja estudar a possibilidade de realizar qualquer tratamento por ozonioterapia, a médica reforçou a importância de sempre procurar um profissional que seja bem informado, que tenha um curso de formação e seja cadastrado no seu conselho profissional. “Enfermeiros, médicos, farmacêuticos, sempre adequadamente capacitados. Sempre fazer uma avaliação médica que possa atestar o seu estado de saúde e indicar aonde são os eventuais pontos de fragilidade da nossa saúde para que ele possa ser corrigido”, concluiu.

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